quarta-feira, 15 de abril de 2015

Corrida Oba - 8K - 2015

Domingo, dia 12 de abril de 2015 foi realizada as 8h00 da manhã a 5a Corrida do Oba, em Campinas/SP, partindo da Praça Arautos da Paz. Essa corrida já está se tornando tradicional em Campinas, pois já atingiu sua 5a edição e é visível que o número de participantes vem aumentando.

Circuito Oba

 O dia para correr estava fantástico, claro mas sem sol forte, sem vento! Tudo perfeito, com exceção de uma gripe e uma falta de ar fora do comum que havia me pegado há alguns dias. Isso frustaria todas as minhas expectativas em relação a corrida, uma vez que eu tinha objetivos particulares de superar o tempo do ano passado, onde eu corri sem nenhuma técnica e preparo e sofri bastante no percurso, além de outras considerações particulares que não cabem aqui, mas posso dizer que era a corrida de superação para mim, para a Mari e pro Rafa!

Como combinado, o Rafa pegou o kit no sábado pois eu estava de viagem e logo de cara percebemos que algo havia mudado! O kit que era tão legal do ano passado, esse ano tava bem fraquinho, mas tudo bem, a gente compra a experiência e o kit não frustraria de forma relevante isso.

Team Geneve parcialmente reunido

 De manhã fomos então ao local da prova e chegamos com pouco mais de 50min de antecedência e o circo já estava armado, porém percebemos também que havia menos atrações aos corredores.. maldita crise não? Encontramos todos lá, o agora unido Team Geneve, com apenas alguma baixas, mas quase completo e todos no máximo da endorfina! Infelizmente tivemos a notícia que a namorada do Rafa, a Sarah, não iria nos acompanhar, pois estava com a saúde um pouco debilitada no dia. Sábia decisão!

Deu então a hora da largada e todos fomos nos alinhar para a prova. Eu ainda estava um pouco preocupado com meu desempenho por conta da minha saúde, que naquela hora já estava dando sinais que iria pregar uma peça, pois sentia alguns sintomas de febre e um pouco de falta de ar. Já tinham me relatado que correr nesse estado é sofrimento e loucura, mas como uma criança que precisa tomar choque para acreditar, lá fui eu pro abate.

Logo na largada, a adrenalina subiu e sumiu a febre e a falta de ar e eu ja fui acelerando, passando a galera num zigue zague tradicional e apenas para relatar o percurso da corrida, temos um afunilamento de percurso logo aos 400 metros, com uma conversão de 180 graus, onde já peguei um trânsito de gente caminhando logo de começo e em seguida tem uma rampa de uns 100 metros, nada descomunal, mas que já da uma segurada na galera. Interessante que essa mesma rampa no ano passado já me deu uma cansada e esse ano eu nem vi ela pra ser sincero. Logo mais a frente, venci o primeiro kilometro com o tempo de 5'55'', mas poderia ter sido melhor se não fosse a largada e o mundo de gente que tive que contornar.

A partir do 2o kilometro, a prova fica mais tranquila, pois trata-se de um pedaço em leve aclive e em seguida uma bela rampa de descida que termina exatamente na marca do KM 2. Como havia menos pessoas, consegui chegar a essa marca no meu ritmo normal de corrida, 5'30''/km.

Essa hora eu estava num carnaval de sensações. Senti que meu corpo estava super aquecido, pois eu estava transpirando horrores e quem me conhece sabe que eu não transpiro fácil, mas meu corpo estava 100% inteiro, entretanto minha condição cardio-respiratória começava a dar sinais de fadiga! 

No KM 2 até o KM 3, é uma reta inacreditável pela Av. Norte Sul e eu resolvi adotar a estratégia de levar a corrida mais na boa, por saber que minha condição física estava já prejudicada, mas não queria também levar no mesmo ritmo que levei a corrida da Amil, pois sobrei no fim dela. Então defini como meta ir no ritmo de 5'55'' a 6'00'' e assim passei pela marca do KM 3, com 5'54'', de forma até que confortável.

Av. Norte Sul

Lembrei nesse momento do ano passado, onde eu quebrei nessa parte da prova. Esse trecho tem uma particularidade que metade dele é plano e metade é uma rampa leve a média e exatamente no topo dessa rampa meu corpo desistiu e eu tive que caminhar um pouco. Esse ano, eu não tive esse problema e mantive o ritmo planejado e conclui ele, passando pela marca do KM 4 com pace de 6'03'', onde evidentemente deu uma reduzida por conta da rampa.

Apenas para comparar, ano passado eu passei por essa marca do KM 4 com 26'11'' e esse ano com 23'22''. Pode não parecer muito, mas tirar 3 minutos em 3km em bastante evolução e somente quem corre sabe disso, ainda mais gripado.

Imponentes edifícios ao longo da prova

Durante todo o KM 4, é uma outra interminável reta plana, porém senti que minha respiração já estava ofegante e eu sentia dificuldades em respirar, o que me levava a me policiar mais e consequentemente as vezes me pegar com os ombros tensionados por conta da dificuldade em respirar. Parece incrível, mas você naturalmente se tensiona e põe a cabeça pra baixo quando está assim, mas essa é a pior forma para correr. Diversas vezes tive que me recompor na postura e continuar dentro do ritmo programado, o que me desgastou mais do que deveria, mas ainda sim passei pela placa do KM 5 com ritmo de 6'03'', completando os 5K iniciais em altos 29'25'', mas ainda sim abaixo dos 30',  que é bem legal.

Entre o KM  5 e 6, é mais do mesmo, a mesma reta inacreditavelmente plana e a respiração ainda bem cansada, porém com o ritmo ainda constante de 6'04'' quando passei pela placa do KM 6.

Aqui cabe uma pausa para um relato. Comparando 2014, eu estava com o tempo de 39'14'' na placa do KM 6 e esse ano 35'29'', é uma grave evolução, sem duvidas, mas correr no plano e na descida é fácil! O verdadeiro desafio está por vir agora!

O KM 6 é marcado por uma subida terrível de 800 metros, onde nos ultimos 50 metros ela acentua de forma impressionante e ano passado eu subi ela quase inteira andando, fazendo parte do grupo que aglomerou nesse lugar pois era impossivel de subi-la correndo, pelo menos era o que eu acreditava, mesmo vendo uns super herois passando voando do nosso lado. Essa subida inclusive consta num post anterior como uma das piores subidas que já encarei em provas, a subida do Antigo Correio Popular.

Esse ano teria que ser diferente, eu tinha treinado, eu tinha técnica e tinha vontade. Jogava contra a minha respiração, que estava bem complicada. Nessa hora minha cabeça começou a fraquejar, infelizmente, e eu já pensava no sofrimento que seria esse trecho, mas resolvi encarar. Mantive o mesmo ritmo até 1/3 da subida, quando dei uma cansada sinistra, do nada e meu corpo automaticamente pediu arrego e quando eu vi, estava caminhando e fiz isso por 30 metros foi quando eu ouvi um "VAMO SHIDO, VAMO" e era o Rafa, que até então eu não tinha visto na prova, pois ele disse que faria um cadenciado de 6'00''/km e deveria estar um pouquinho atrás.

Incrível, nesse momento deu uma revigorada no espírito e em questão de milésimos de segundo passou um filme de todas as dificuldades que eu tinha enfrentado até ali e eu não poderia desistir agora e justamente essas pessoas que me motivaram na época, estavam me motivando agora e eu não poderia decepcioná-las! Uma força veio do nada e eu voltei a acelerar. Olhei essa hora no relógio e meu ritmo estava a 8'00'' e eu precisaria recuperar esses segundos perdidos e, nas palavras depois do Rafael, liguei o turbo e desembestei a correr, passando pela placa do KM 7 com ritmo de 6'35'', fora da meta, mas uma bela marca para quem já tinha entregue os pontos. 

Dali em diante era uma reta de uns 300 metros e depois um trecho de descida e novamente plano até a chegada final. Precisei desses 300 metros para dar uma recuperada, mas imprimi uma passada mais forte para recuperar o tempo perdido, afinal, minha meta era de passar abaixo dos 30' no KM 5 e melhorar o tempo do ano passado, de preferência abaixo dos 50 minutos. Coloquei então na minha cabeça que eu precisava recuperar esses 35 segundos perdidos no km anterior e coloquei como meta 5'40'' até a reta de chegada e depois um sprint final, já que eu tinha uma folga de tempo ainda do KM 1, 2 e 3, abaixo dos 6'00/km.

Meu relógio avisou que havia superado então o KM 8 com ritmo de 5'39'' e com tempo total de 47'43'', mas ainda havia um pedaço de reta até a linha de chegada, foi quando eu ouvi o Rafael de novo gritar "vamos pro sprint final" e desembestamos a correr os ultimos 100 metros para fechar a corrida em 48'00'' redondos. 

Cabe aqui uma indignação com as pessoas que quando estão próximos ao pórtico de chegada  e resolvem andar em grupo e atrapalha quem vem correndo! É perigoso, atrapalha e irrita! Quase rolou um acidente, pois de repente um grupo de mulheres da CAMINHADA resolveram se juntar para tirar selfie a chegada e eu infelizmente atropelei duas delas.

Tradicional foto pós corrida!


Depois da prova, aquela tradicional reunião para tirar fotos!


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