segunda-feira, 23 de março de 2015

5a Meia Maratona Amil Campinas - 2015


Foi realizada a 5a Edição da Meia Maratona Amil Campinas, uma prova que já está ganhando status de tradicional pelas ruas campineiras, sempre realizado em março, em um circuito bem desafiador.
Alias, esse circuito é o mesmo já há algum tempo, com pequenas modificações, que são quase imperceptíveis a maioria das pessoas, sendo possível então que os corredores possam se programar para a prova sem serem pegos de supresa na última hora, como tradicionalmente ocorre em outras provas, como mudança de trajeto, mudança do local da largada, etc.

Esse ano a prova tinha um clima diferente para mim, pois era um conflito de interesses muito grande e eu não tinha idéia de como eu me sairia. Como todos sabem, venho participando de grupos de corrida orientados por um profissional sério e gabaritado, o que vem trazendo resultados impressionantes para meu desempenho, no entanto, eu e a Mariana tiramos férias de 20 dias e retornamos exatamente um dia antes da corrida e fomos para o local mais gordo e não fitness do mundo, os Estados Unidos! Com direito a beve, frio absurdo e muita comida gordurosa para amenizar o frio!

Dito isso, eu não sabia dizer se meu corpo sofreria uma grande perda de condicionamento por essa parada de 20 dias nos treinos ou se talvez essa parada desse uma aliviada na musculatura cansada, mas andamos tanto pelas terras gringas (meia de 15km/dia) que desconfio que cheguei até mais cansado fisicamente, mas mentalmente leve! O negócio era encarar sem medo!

O kit pra variar era aquela coisa padrão, inclusive na confusão que a Amil sempre faz de faltar camisetas de numeração corretas, composto de camiseta, número, chip e outras toneladas de propaganda e papéis. O nosso professro Cido fez a gentileza de retirar para gente o kit e nos entregar no dia! VALEU CIDÃO!

Acordamos cedo e fomos todos do nosso grupo de corrida juntos até o local da corrida, o largo do Rosário em Campinas, bem no Centro de Campinas, as margens da Av. Francisco Glicério! Chegando no local, já podíamos ver de longe aquele clima de corrida que é inexplicável e o corpo já entrou em ritmo acelerado! É disso que a gente gosta!

Dessa vez, nosso grupo estava um pouco diferente do tradicional, pois sofremos a baixa temporária para essa corrida do Rafael Hirata e da Sarah e a inclusão de dois novos amigos, a Carol Donadon e o Igor Moretti.

Grupo Geneve - Igor, Carol, Mari, Eu e Karen

 Tiramos aquela tradicional foto antes da corrida, pegamos o kit com o Cido e fomos nos preparar para a largada. Cada um colocou seu chip e número tivemos a incrivel desenvoltura do nosso caro Juvenil Igor, que não sabia por o número e nem o chip no tênis!

Antes da prova, conversavamos sobre os tempos que planejávamos fazer e a Karen pretendia fazer menos de 1h00, o Igor por ser sua primeira prova não tinha nenhuma meta definida, e nos outros três tinhamos metas mais modestas para mais de 1h00, sendo que eu não tinha esperanças nenhuma em um bom tempo e nem abaixo das 1h20min pra ser sincero.

Nessa prova então tívemos algumas estréias: A Mari comprou um tenis da Asics chamado Gel Noosa 9, que ela achou bem confortável e eu também faria a estréia de um tênis novo.

ASICS Gel Noosa Tri 9
Só que o meu tênis não era dessas marcas badaladas no Brasil, como Asics, Mizuno, Nike, Adidas, etc e sim uma marca que é tradicional nas terras do Tio Sam e mais de 50% dos corredores lá utilizam. A marca é Brooks e o modelo Adrenaline GTS 15.

Brooks  Adrenaline GTS 15

E para encerrar as estréias de equipamentos, a Mari como vem participando dos treinos nossos de corrida, sentiu a necessida de poder monitorar melhor seus treinos, ter relatórios de desempenho e assim poder saber se está havendo melhorias ou não. Dessa forma, comprou um Garmin 220 e agora estamos todos de Garmin e equipados para o que der e vier!

Garmin 220 da Mari (Esquerda) e Garmin 620 do Renato (Direita)
Sei que foi um relato meio avulso ao tema do post, mas muita gente vem me perguntando sobre equipamentos, recomendações, etc. e por isso resolvi falar sobre eles nos posts das corridas para a galera poder saber o que andamos usando.

Pontualmente as 7h00 foi dada a largada para os 21km e alinhamento para os 10km, que se deu exatamente 10 minutos após a saída da galera da Meia Maratona. Beijo de boa sorte na Mari e recomendações de boa prova a todos e partimos.



Dessa vez, eu busquei largar mais a frente para evitar o zigue-zague do início de prova que faz a gente perder muito tempo e cansa, mas mesmo assim tive que desviar de uma galera mais lenta.

O primeiro kilometro é subir a Av. Francisco Glicério até a Av. Aquidabã, onde viramos a esquerda nos hoteis da Ibis/Mercure e rumo ao Bosque dos Jequitibás. Esse primeiro trecho não senti nenhum problema e corri tranquilo e fiquei surpreso quando fechei o 1o km com o tempo de 5'38'' e resolvi manter esse ritmo em diante.

No segundo kilometro, é uma descida bem inclinada, que contorna o Bosque dos Jequitibás e sem nenhuma dificuldade passei pela marca do 2o km com 5'37'', indo rumo a Av. Princesa d'Oeste, onde estava o 3o kilometro. 

Na minha cabeça, ficava passando o pensamento 'Renato, você voltou ontem de viagem, a corrida não é de 5km então da uma segurada ae" e apesar de se tratar de um trecho plano, eu resolvi dar uma segurada no ritmo de corrida e fazer perto dos 6'20'', pois apesar de lento, minha meta era apenas terminar a corrida. Passei pelo KM 3 com 6'14'' e bem confortável.

O KM 4 é um trecho de rampa bem longo apesar de pouco inclinado e ali pega muita gente de surpresa, pois se cansam achando que é plano. Dei uma segurada ainda maior e passei com tempo de 6'30'' mas senti que sobrei demais nesse trecho e talvez fosse hora de dar uma apertada.

Av. Princesa d'Oeste
O trecho do KM 5 é um trecho bonito, pois passa na frente do Estádio do Guarani Futebol Clube e é misto de plano, leve aclive e leve declive, porém com muitas curvas, mas mesmo assim consegui concluir esse trecho em 6'03'' e quando olhei no relogio, fiquei bem feliz pois tinha feito os 5km, sem me esforçar em nenhum momento em 30'02'', o que um tempo atrás era uma meta quase inatingível para mim.

A corrida continuava pela Av. Princesa d'Oeste sentido Av. Norte Sul, passando por baixo do Viaduto do Laurão, sem grandes novidades ou dificuldades, permitindo eu fazer um confortável, 6'23''. Fiquei feliz em saber que eu estou aprendendo a ser constante em provas, definindo um ritmo e conseguindo mentalmente mantê-lo, ficando quase automático a sua execução.

No km 6,5, tem um retorno bem em frente a Pizza Hut da Norte Sul e logo em seguida ja chegamos a marca do KM 7, onde passei com o tempo de 6'23'', mantendo a parcial anterior.

Desse trecho em diante, a prova começa a separar um pouco os grupos, pois começa uma série de aclives complicados, sendo o primeiro um bem simples, na frente do Hotel Vitória, perto de onde passei pelo KM 8, com a parcial de 6'37'', pois quando eu estava nesse trecho, passou a elite da Meia Maratona e voce tem que obrigatoriamente sair de lado e correr todo torto para que essa galera passe.

O KM 9 é o pior de todos, pois conta com a temida subida de acesso ao Laurão, que eu ja falei em post anterior e eu senti que não conseguiria subir ela inteira correndo, pois na metade dela minha panturrilha estava queimando e tive que dar uma caminhada de 50 metros senão talvez eu fosse sentir alguma lesão, mas logo me recuperei e segui em frente, mas essa caminhada me roubou 1 minuto de ritmo quase, pois além da caminhada, você antes disso da uma bela reduzida na sua velocidade e não quer desistir de 'correr' e com isso perde mais tempo ainda. O tempo foi de 7'27''.

Vencido esse trecho terrível, agora era apenas correr o km final e ser feliz. Teve um leve aclive no acesso a Av. Aquidabã e o resto era apenas a descida da Av. Francisco Glicério, mas como eu ja sabia que não chegaria antes de 1h00, resolvi não acelerar no fim e sim manter o ritmo da prova, fechando o km 10 em 6'32''. Como toda prova, tivemos uns metros a mais, 360 nesse caso, e ai eu resolvi dar um sprint apenas para dar uma melhorada na classificação, pois tinha bastante gente na minha frente e fiz esse trecho num ritmo de 5'19'', fechando a prova toda em 1h05'19'', o meu recorde pessoal para 10km.

Na linha de chegada, bateu o arrependimento de não ter mantido o ritmo do KM 1 e 2, pois terminei muito inteiro e dava pra ter forçado MUITO mais. De qualquer forma, valeu a experiência de saber como meu corpo se comporta com situações desse tipo.

Logo encontrei a Karen e o Igor, que completaram em 57 minutos e em seguida chegaram a Carol e a Mari, que também mandou super bem, com seu melhor tempo de 10km, com 1h12! PARABÉNS A TODOS!

Após a chegada, pegamos o Kit Hidratação, Frutas e as Medalhas e tiramos a tradicional foto de pós prova.
Mais uma pra recordação
Queria deixar aqui registrado a minha admiração por essa mulher, que me escolheu como seu Marido há quase 2 anos atrás, mas como companheiro há quase 10 anos já que mesmo cansada, conseguiu bater seu recorde pessoal de corrida e era a mais animada de todas! À você, meu amor, todos os meus parabéns e reconhecimento.

A guerreira

No próximo post, irei analisar o desempenho do Tenis Brooks! Aguardem!